terça-feira, janeiro 05, 2021

JESUS, o nome de YHWH

O nome próprio nos distingue uns dos outros, pois somos bilhões e sem um nome seria impossível nos individualizar.


O Universo, por ser o único que conhecemos, dispensa um nome próprio. 


Quando YHWH se encontrou com Moisés no Monte Horebe, o Eterno se apresentou como um fogo que queimava um arbusto sem o consumir. 


A comunicação do Eterno com a vida inteligente que ele gerou não está limitada ao que é verbal e menos ainda a um determinado idioma. 


Idiomas servem de limites (Gn 11:6-9) e YHWH não conhece limite algum, pois Ele é onipotente e ninguém há acima dEle que lhe possa impor limites, logo, a linguagem do Criador não é idiomática, mas numeral e simbólica. 


Isso não significa que Deus não possa usar o idioma. Ele pode todas as coisas e usou o idioma para falar com os profetas e também para falar com os discípulos, uma vez encarnado em Cristo. 


Ao queimar um arbusto sem o consumir, o Eterno se apresentou a Moisés e a nós de forma há muito nos dizer sobre Si mesmo. Ainda assim o Eterno usou da comunicação verbal para complementar sua apresentação, dizendo que ele era o Elohim de Abraão, Isaque e Jacó. Elohim é o plural adjetivo de Eloah, que significa elevadíssimo, excelentíssimo e que é traduzido do hebraico antigo como "deuses".


Portanto, primeiramente o Eterno fala sobre si mesmo dizendo muito com o símbolo da sarça ardente e, sabendo das limitações de Moisés, desce o discurso para se apresentar da forma como seria entendido, dizendo que Ele era o "deuses" adorado pelo pai e demais ancestrais de Moisés. 


Interessante observar que aquele que é o Deus Triuno se apresenta se dizendo Deus três vezes: "Deus de Abraão, Deus de Isaque e Deus de Jacó" (Ex 3:6).


Moisés entendeu, mas sabia que os hebreus viviam há 400 anos entre os deuses pagãos dos egípcios, cada um com seu nome próprio, por isso Moisés perguntou sobre o nome próprio com qual ele poderia referir-se ao Eterno (Ex 3:13). 


YHWH disse a Moisés que Ele era o Eu Sou, ou seja, negou-se a lhe dizer um nome próprio como tinham os deuses egípcios Amon-Rá, Tot,  Sekhmet ou Osíris. Se cada deus desse recebia um nome próprio que apontava para uma característica marcante, YHWH só poderia receber como um suposto nome próprio uma designação que sinalizava o que Ele é: Tudo em todos (I Co 15:28), por isso dizer de Si mesmo que Ele é o que é, ou seja, Eu Sou o que Sou (Ex 3:14).


É por isso que daí por diante o Eterno é referido por seu povo com um conjunto de quatro letras (YHWH) que indica este Ser Pré-Existente, cuja transliteração do hebraico antigo e a suposta pronúncia no português seria Iavé. 


Referimo-nos a Ele, no entanto, como Deus (iniciado em maiúscula), Senhor, Eterno ou Criador, justamente porque inexiste um "nome próprio" propriamente dito. 


Isto foi assim do tempo de Moisés, até que o Eterno resolveu esvaziar-se de sua glória e vir a Terra encarnado, quando determinou ao anjo Gabriel que comunicasse a virgem na qual o corpo do Eterno seria concebido e gestado que, enquanto homem, Ele deveria se chamar JESUS,  que significa salvador.


Quem viu a Jesus, viu o que do Eterno se pode ver (Jo 14:9), logo, se ambos são Um (Jo 10:30), então o nome próprio do Filho é o nome do Pai. É por isso que Jesus questiona seus discípulos perguntando "quem vocês dizem que Eu Sou"? (Mc 8:29), trazendo a si o mesmo "nome" que o Eterno reivindicou perante Moisés. 


Portanto, como o Filho revela o Pai, a partir dEle o nome próprio da divindade verdadeira é JESUS (salvador) e é esse o "nome sobre todo nome" (Fp 2:9), que toda língua confessará e debaixo do qual todo joelho se dobrará (Rm 14:11).


Quando Jesus ensinou seus discípulos a orar, Ele disse que deveríamos nos dirigir ao Eterno que habita o Céu dos céus sem chamá-Lo pelo nome (como faria um estranho), mas sim chamando-O de Pai e, já na sequência, passando a proclamar a santidade do Nome do SENHOR, que como vimos, é JESUS.


É por isso que eu oro, como nos foi ensinado, dizendo assim:


"Pai, santificado seja Jesus Cristo, o nome dAquele em cujo Corpo eu estou. Venha teu governo sobre mim para que meus atos confirmem esta santidade proclamada do Corpo do Filho e que a vontade dEle, que o Rei dos reis, tome a Terra, como já tomou o Céu dos céus, desde que Ele entrou pelos Portais Eternos e se sentou a tua direita no Trono do Universo. Vem nutrir meu espírito com a revelação da Palavra dEle, que é Pão do Céu, e me perdoa hoje, como até hoje tenho perdoado os que me ofendem. Impeça-me, com o que for necessário, de pecar segundo as tentações de minha própria cobiça e me livra do inimigo e suas obras. Amém". 










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