Ao orar o Pai "nosso" não devemos romantizar o pedido para que venha o Reino, pois isso significa a vontade do Pai sendo feita na terra do nosso coração em oposição à vontade da nossa carne.
A chegada desse Reino se caracteriza por um desconforto, um confronto contra o que queremos, como que numa encruzilhada onde nosso livre arbítrio precisa decidir a cada segundo, de novo e de novo, entre seguir a própria vontade ou a vontade do Pai.
Esse desconforto só acaba com fim da luta, apagando-se o Espírito e cauterizando-se a consciência ou morrendo-se pra si mesmo. Quem vencer instala o seu reino, seja o Espírito, seja a carne.
A vontade do SENHOR só importa no seu presente, pois a vontade dele no seu passado já produziu o seu fruto, seja um galardão ou uma derrota, essa já cravada na cruz.
Por outro lado, a vontade dele no futuro vai depender da decisão lá exercitada. Não dá para decidir pela vontade de Deus a priori, pois enquanto você estiver na carne, ela vai se opor ao Espírito.
As juras de amor eterno ao SENHOR servem para nos comprometer e nos estimular, mas só "o dia que se chama hoje" revelará a vitória da carne ou do Espírito. Quem ficar de pé deve cuidar para não cair e quem cair deve se agarrar na graça para se levantar. E isto a cada minuto, pois é possível ter uma revelação do Espírito num minuto e dizer uma bobagem da carne no minuto seguinte.
O conjunto de condutas realizadas segundo a vontade do Pai produz uma disciplina que gera frutos lícitos como "amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio" (Gl 5:22-23).
Uma árvore se conhece pelos frutos, logo, a presença desses frutos do Espírito nos fazem negar o que somos para nos parecermos com outro alguém, que é Cristo, cumprindo-se a partir daí o nosso propósito nesta Terra.
Que venha o Reino, a cada segundo!
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